A minha mãe queria uma daquelas máquinas de fazer pão. E como o aniversário dela tá chegando, resolvi fazer o agrado pra véia. Trilhano o caminho natural do século 21, pesquisei no Buscapé pra saber onde tinha mais barato.
Não lembro se era a melhor opção em preço, mas acabei decidindo pelo Submarino. Pois bem. Colocaram uma funcionalidade nova no site deles. De arrastar o produto pro carrinho. Pena que a merda não funciona. Tentei umas 17 vezes até desistir. Dei mais uma procurada na internet, mas já meio sem paciência, lembrei do Liquida Porto Alegre. Bem lembrado. Decidi dar uma de século 20 e ir olhar nas lojas físicas (falando nisso, o Submarino anda pedindo uns prazos insanos pra entregar as encomendas).
A primeira loja — e achei que ia ser a única — foi o Carrefour. Como sempre, um tumulto na parte de eletro. Abrindo um pequeno parêntese: tinha um cara comprando um micro system com uma tela que tocava DVD. Se querem a minha opinião sobre aquilo, é a seguinte: um lixo. Uma tela pequena demais para ver algo, uma marca de qualidade bem duvidosa e o volume no máximo parecia o meu notebook. Fecha parênteses. Enfim, no Carrefour tava até um preço bom, mas no cartão só dava pra fazer em 6x e com juros. Bem diferente do site, que dá pra comprar em 12x SEM JUROS. Na mesma loja, né. Coisa estranha. Então, resolvi ir no Big, que é do outro lado da rua.
O vendedor de eletro do Big tava vendendo um Home Teacher pra uma mulher lá, que não conseguia entender nada do que ele falava. Acho que não conseguia pelo fato de ele não falar nada com nada mesmo. Quando me atendeu, disse que a única diferença entre a máquina da Britânia e a da Mondial era a cor. E aconselhou a levar a preta porque a branca deve sujar mais. Hahaha. Obrigado por nada, amigo. No Big dá pra fazer em 12x sem juros no Hipercard, então resolvi levar aquela mesmo, afinal já tinha pesquisado sobre as funcionalidades na internet. Ele "tirou o meu pedido" rapidinho com papel e caneta e me encaminhou pro caixa. Pra pagar, rapidinho. Pra tirar a porra da nota fiscal (pra poder sair da loja), uma mulher umas 3x mais bocaberta que o cara. Lá se foram uns 25 minutos em pé, esperando a mulher se achar no meio da bagunça com as notas que ela mesma fez. Até que saí da loja, com o treco debaixo do braço sob um chuva tipicamente gaúcha. Claro que tinha que ter uma parte do estacionamento sem cobertura pra chegar até o carro. Mas tudo bem. Dá nada não.
O que me impressiona de tudo isso, não é o Big ser um mercado desorganizado. É que realmente as pessoas acreditam que é a melhor opção. No inverno eu procurei um aquecedor a óleo por tudo e não achei. Até que um dia passei no Zaffari pra comprar alguma coisa pra casa e dei de cara exatamente com o aquecedor que eu queria, no melhor preço e em 10x sem juros. Logo no Zaffari, o "careiro".
Então, duas coisas: tá na hora das lojas começarem a oferecer as mesmas condições de pagamento que oferecem em seus sites (isso foi pro Carrefour, mas serve pra Fnac e muitas outras). E está na hora de lojas como o Big começarem a respeitar mais os clientes. Primeiro, colocando gente que saiba o que está fazendo na loja. Segundo, dá uma olhada em como o Zaffari trabalha, e COPIA. Assim mesmo, na cara dura. Porque, depois da internet e da inclusão digital, os dias de reinado de vocês, estão contados.