domingo, 17 de abril de 2011

A máfia do teste vocacional.

Uma vez eu ouvi essa célebre frase do seu Ivan, um dono de bar aqui em POA:
— Bah, mas não é fácil lidar com gente, tchê!
(e olha que, na minha humilde opinião, ele é ótimo nisso)

Me chama a atenção um negócio bastante irônico: a quantidade de pessoas trabalhando na profissão errada. Gente que trabalha lidando com pessoas e é péssima em lidar com pessoas. Gente que trabalha com comunicação e é péssima em comunicar-se com os outros.

Sabe quando tu precisa de um documento e vai com toda aquela ingenuidade solicitar em um lugar que praticamente só fornece documentos? É incrível como muitos desses lugares empregam pessoas que tratam muito mal quem vai solicitar qualquer coisa. Parece que o trabalho do cidadão é sempre um favor pra ti e que tu tá sempre abaixo do cu do cachorro.

É impressionante como esses lugares são importantes pra gente e é igualmente impressionante a quantidade de gente sem vontade de nos ajudar. A gente sai desanimado e esperando nunca mais precisar voltar no tal lugar pra pedir qualquer coisa. O fato é que isso é horrível.

Por que motivo, afinal, essas pessoas escolhem esses lugares? E eu não estou falando de estagiários ou gente nova. Tô falando de gente experiente, com 10 ou 20 anos de experiência. Esse pessoal tá na profissão errada? Será que em tanto tempo não deu pra perceber que realmente não é isso que a pessoa quer fazer? Eu sempre achei que com uns 5 anos de experiência já daria pra ter certeza absoluta de que, pelo menos, aquilo NÃO era o que tu queria.

Só pode ter uma máfia por aí. Falsificando testes vocacionais. Pessoas manipulando os resultados. Vai ver é por isso que tem tanta gente no lugar errado atrapalhando a nossa vida.

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